quinta-feira, 17 de julho de 2014

Israel e um judeu

O sociólogo Cesar Benjamim escreveu um artigo propondo o fim do Estado de Israel e considerando um erro sua criação pelas Nações Unidas.
Uma amiga pediu minha opinião sobre o artogo.
Abaixo minha resposta.
Querida amiga, tudo bem?
Discordo totalmente do Cesar Benjamin, neste caso.
Dois textos, recentes, podem ajudar a refletir um pouco mais sobre o assunto.
O primeiro é do Floriano Pesaro, sociólogo, vereador pelo PSDB de SP e candidato a Deputado Federal.
É o seguinte:

Israel x Hamas
Não podemos ficar calados diante de uma tendenciosidade em se alardear notícias contra o Estado de Israel.
Estamos fartos.
Desde Junho, podemos enumerar alguns fatos:
Fato - O Hamas é uma organização terrorista que preconiza em seus estatutos a aniquilação do Estado de Israel.
Fato - Foram sequestrados e mortos 03 jovens civis israelenses.
Fato - Os responsáveis não foram presos ou punidos.
Fato - Marginais judeus assassinaram um jovem árabe.
Fato - Imediatamente o governo israelense apurou, prendeu e punirá adequadamente os responsáveis por tal ato hediondo.
Fato – Desde o início de Junho, mais de 1000 foguetes já foram disparados contra as cidades israelenses e seus cidadãos vivem em constante estado de medo, tendo apenas segundos para correr aos abrigos antibomba.
Fato - O Hamas coloca seus pontos de lançamento de foguetes junto a escolas, mesquitas e zonas povoadas, usando a possibilidade de fatalidades civis como propaganda política a seu favor.
Fato - Israel realiza ataques cirúrgicos em alvos determinados, buscando minimizar as perdas humanas e até lançando avisos aéreos pedindo à população que se afaste dos pontos de lançamento de foguetes.
Esta é A REALIDADE. Não são opiniões, são dados irrefutáveis.
Entretanto, para nossa tristeza, deparamo-nos cotidianamente com notícias que demonizam Israel, sem uma análise no mínimo isenta da situação.
Eu, que defendo a paz, que defendo dois estados e o bem estar do povo palestino, sei que há muito a se fazer, mas não consigo digerir essa má vontade.
Como bem disse Caio Blinder: “A Desaprovação global de Israel é sempre desproporcional, em um cenário do qual constam um esquerdismo chulé e antissemitismo”.
Seria bom que nossa imprensa fosse mais imparcial.
Floriano Pesaro
Sociólogo e Vereador

Reconheço que o artigo do Floriano está mais para responder ao recente conflito do que ao conjunto das ações de Israel ao longo de sua curta existência, como se refere o Cesar Benjamin.
Para isto tem um texto interessante de um asiático que não sei o nome, veja:
  
Over the past 50+ years, around 10,000,000 Muslims have died in violent conflict. Of this number, over 90% were killed by Muslims themselves, in a Shia vs Sunni conflicts . Of the rest, over 90% were killed by non-Muslims, defending themselves against Muslim attackers.
During this same period, something like 50,000 have died in the Arab-Israeli conflict. 1/3 of them where Jews and 2/3 were Arabs (Muslim & Christian). 90% of these Arabs were not Palestinians but Egyptian and Syrian soldiers died in 1948/67/73 wars.
In September of 1970, around 20,000 Palestinians were killed by the entirely Muslim Royal Jordanian Army. Many times more than all the Palestinians killed by Israel since 1948.
There wasn't a single Arab who protested on that war crime. 
Yet, If Israel kills a terrorist, the Arab world yells and cries.
I'm not saying Israel is a pure angel, however, in the Middle East, the safest country for any Muslim to live in is Israel.
The most dangerous country for any Muslim to live in is a Muslim majority country.
The greatest enemy of Muslims is not America or Israel, it is Islam itself, as it teaches not to accept others' beliefs.
Can you explain me the killing of 200,000 Syrian civilians in the last 3 years?
Can you explain me the killing of 100,000 men, women and children in Algeria, using the most abominable killing methods?
Can you explain me the terror attack 3 years ago on the peaceful village of Al-Kisheh in upper Egypt, killing 21 Coptic peasants? 
Can you explain me the 5,000 Shia muslims that died just in the last week in Iraq by ISIS?
Can you explain me the killing of 43 Christians in Nigeria by Boko Haram and the kidnapping of 276 school girls?
Can you explain this killing phenomena that took place in the Muslim world?
Is it all a revenge against America? Is it all a Revenge against Israel?
Or is it to merely to satisfy barbaric religious instincts, aroused by religious Islamic teaching, which incite the rejection of others, the killing of others and the denial of others?
In Muslim countries, religion is the main source of education.
When you educate a child in his early years to learn the words of Muhammad, the prophet of Islam, which says: "I was ordered to fight the people until they believe in Allah and his Messenger", you made the first step of making this child a future terrorist.
Islamic teaching are playing a role to create these terrorists who killed all the people I mentioned. 
This is not Israel who kills Muslims around the middle east. It is Islam.
It is not the terrorists who distorted Islam, it is Islam who distorted the terrorists.
When Saddam Hussein buried 300,000 Kurds and Shia Muslims alive, we did not hear a single Muslim protest against that crime.
Yet, when, defending itself,  Israel enter Gaza and kills 1000 Palestinians, most of them armed Hamas terrorists, the Arab world cries.
Isn't your hypocrisy serves the continuing of Muslims getting killed around the middle east?
There will be no peace in the middle east, not between Jews and Muslims and not between Muslims themselves, until the Muslims re-examine their Islamic books which are full of calls to "takfir" and insulting other religions.
When it will happen, the world will respect the Muslims as it respects the Jews.

Bem, a minha opinião pode ser deduzida de uma piada clássica, bem ao nosso estilo judeu:

Dizem que, quando Joseph Mengele chegou ao Inferno, foi imediatamente procurar seu chefe. 
Hitler estava curiosíssimo sobre os acontecimentos na Terra. 
E Mengele foi direto: Chefe, o mundo está virado. 
Os alemães estão ganhando dinheiro e os judeus estão fazendo guerra. 
Os judeus, já foram atacados pela incapacidade de resistir aos seus inimigos. 
Eram covardes, gente sem brio, servis e submissos. 
Agora são atacados pela capacidade de resistir aos seus inimigos. 
São violentos, prepotentes, sanguinários. 
Na verdade, para o anti-semita tanto faz o judeu ser indefeso ou guerreiro: ele não é criticado pelo adjetivo, mas pelo substantivo. 
É judeu, e pronto. 

Em resumo, minha amiga, a existência do Estado de Israel não foi um oportunismo por causa de Hitler, como se refere Cesar Benjamin, mas foi a resposta do mundo para o fenômeno do anti-semitismo que, independente de explicação parece ter existido desde sempre, em maior ou menos escala.
Para mitigar seus efeitos, impactados pelo assassinato em massa de 6 milhões de judeus,  foi criado, pelas Nações vencedoras da Segunda Guerra, um Estado que serviria para receber aqueles que fossem indesejados ou até expulsos de seus países, como sempre ocorreu ao longo da história.
A existência de Israel, com seus pouco mais de 66 anos de existência (!), já mudou um pouco o cenário, mesmo que o Estado tenha vivido sempre em guerra, desde o dia 1 de sua existência. Nunca esqueça que menos de 6 horas depois de declado Estado independente Israel foi atacado por todos os seus vizinhos, na conhecida Guerra da Independência.
Por sinal, vem bem daí o poderio militar das IDF (Israel Defense Force, este é o nome). 
Enfim, vivemos em um País sem nenhuma forma de anti-semitismo, graças a Deus, e isto pode nos nublar a visão.
Não a mim, entretanto.
Um beijo

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